sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ruth Marlene



A SEREIA DO TRUKA TRUKA

Romântica q.b, Ruth Marlene confessa-se apaixonada pela música mas deixa no ar a hipótese de estar paixonada. Vai ver o próximo ‘Big Brother’ mas, recordando a sua passagem pela casa mais famosa do país, garante que jamais se teria envolvido com Valentino, mesmo que ele não tivesse Namorada. Na praia, mostrou-se uma sereia inveterada

RUTHMARLENE

Praia é uma paixão?

Sim, mesmo no Inverno. Sempre que tenho um dia de folga, venho.

Como está agenda para este Verão?

Muito preenchida. Ando a fazer a 'tournée' de Norte a Sul. São muitos concertos, mas tenho sempre um ou dois dias de descanso por semana. E, nesses dias, aproveito e venho logo à praia. As viagens são muito cansativas, chegamos sempre às seis ou sete da manhã e às vezes só venho no fim do dia.

De todos os concertos qual o mais gratificante?

Todos eles marcaram a minha carreira. Mas talvez um que dei há pouco tempo em Fernão Ferro, perto da minha casa, onde estavam muitos amigos e muita família. Quando canto perto de casa é mais marcante.

E tem muitos fãs?

Sim, sobretudo crianças. É muito giro ver as crianças nos espectáculos com as cruzes como eu uso, com o rabo de cavalo como eu tinha e a cantarem as minhas músicas. Os maiores fãs são mesmo as crianças.

Sente-se um modelo para elas?

Sim, pelo menos é o que elas dão a atender nos concertos e até me fazem surpresas. Há grupos de meninas que imitam a Ruth Marlene e aparecem vestidas como eu. Acho imensa piada.

Quem é que trata da sua imagem?

A minha mãe. Ela fez o meu visual e o das minhas bailarinas.

A sua imagem está diferente

Era importante mudar. Este disco quer dar um ar mais de menina.

E enquanto mulher?

Sinto-me mais madura.

Qual o conceito que pretende passar com este novo visual?

Uma imagem de Verão. Este disco é de Verão e o visual acaba por estar associado à música e é isso que a minha mãe faz em todos os discos. Eu também dou umas ideias mas é ela que cuida de tudo.

A música 'Truka-Truka' porquê?

A brincar e num tema divertido e alegre, tento transmitir que hoje as pessoas não pensam tanto em amor e deviam dar-lhe mais importância. É como diz a música: hoje em dia "esta malta está maluca, já não pensa em amor, só pensa no truka-truka" Já não há aquele romantismo de antigamente. É isso que quero, que haja mais romance.

É muito assediada pelos homens?

Todas as mulheres são.

Esse assédio cresceu com o ‘Big Brother Famosos’?

Acho que não.

Como é o homem ideal?

Sincero, fiel, divertido e, acima de tudo, meu amigo.

É namoradeira?

Gosto de estar apaixonada. Faz bem a todas as pessoas. Se estou apaixonada agora? Mistério?!? [risos] Ando apaixonada pela música.

O que sente quando lhe atribuem romances com o Valentino, o Olavo Bilac ?

Acho piada e só me dá vontade de rir. Os artistas estão sujeitos a isso. É muito triste, mas desde que não inventem coisas mais graves

A fama é boa?

Compensa muito. Quando se faz o que se gosta, vale a pena.

A sua irmã Jessica também canta. Nunca pensaram cantar em duo?

Neste disco temos uma música em conjunto ?'Amor de Irmãs' ? que fala da nossa amizade. Queríamos uma música mesmo nossa. No ano passado também gravámos um tema juntas ? 'Cavaleiro Sedutor'. Um dia, gostava de gravar um disco com ela.

Cantar era um sonho de criança?

Aos 3 anos já gostava de cantar e punha-me em cima da mesa da sala. Na altura, todos me diziam: "sai daí, não cantas nada!" [risos]Ninguém me levava a sério. Quando entrei para a primária, formei um coro na escola e passei a organizar festas para cantar. Mas isso não me levou a lado nenhum. Então resolvi aprender um instrumento e, assim, já não precisava de ninguém para me acompanhar. Fui aprender piano, com sete anos, e o meu primeiro espectáculo foi uma audição de piano numa igreja. Também estive num rancho folclórico, toquei acordeão

E a primeira vez em palco?

Ainda nem tinha 10 anos. Eu cantava, o meu irmão Ivo tocava e começámos a fazer espectáculos. Aos 10 anos gravei o primeiro disco ?'A Paz é Sempre Benvinda'. Era um disco para crianças. [risos] Eu também era uma criança. A partir daí, passei a ter sempre espectáculos. Mas só comecei a ser conhecida aos 17 anos, com o 'Só à Estalada'.

Dizem que canta música 'pimba'.

Chamem-lhe o que quiserem. Sou uma artista de música popular ligeira. É isso que eu sou e não tenho vergonha nenhuma.

Gostava de experimentar outro género musical?

Já experimentei no meu segundo disco ? 'Baby love, goodbye' ? para as comunidades portuguesas. Era mais 'pop'. Tinha 12 anos. Mas não tinha muito a ver comigo.

E quer experimentar outras áreas? Gosta de representar. Já fiz teatro, aos 17 anos, mas desisti.

E qual o papel que gostaria?

Gostava de ser a actriz principal num filme romântico.

A carreira de cantora é rentável?

É a minha vida e tenho sobrevivido. [risos] Tenho o que toda a gente tem: uma casa, um carro

Que outros sonhos tem?

Não costumo sonhar muito alto porque gosto concretizar os meus sonhos. Não gosto de imaginar coisas impossíveis para não me decepcionar. Não é preciso ter muita fama. Mas quero fazer os meus concertos, ter saúde, estar sempre com a família e ser feliz.

BIG BROTHER IS WATCHING YOU’

Ainda se lembra muito do ‘BBF’?

Guardo os melhores momentos, quando estávamos ocupados. Os outros eram um pouco chatos. Nem vi as imagens, não estou curiosa. Talvez daqui a uns anos...

Na altura, se o Valentino não tivesse namorada acha que se teria passado algo entre os dois?

De certeza que não. Ele não é o meu estilo. Somos amigos, mas as pessoas confundem as coisas.

Falam-se ainda?

Sim, se nos encontrarmos cumprimentamo-nos. Mas, depois da casa, cada um tem a sua vida e seguiu o seu rumo.

Arrepende-se de alguma coisa no ‘BBF’?

Não me arrependo de nada.

Voltaria a participar?

Para já não.Quero andar na estrada porque é isso que gosto de fazer.

’QUANDO ENCONTRAR ALGUÉM ELA DIZ’

Não raras vezes inventam romances a Ruth Marlene e último namorado que lhe atribuíram recentemente é Nuno Paiva, da ‘boysband’ ‘Os Astros’. Mas a mãe da cantora desmente categoricamente: “Ela até anda zangada com esses boatos. Sem desfazer do rapaz, não acredito nada que ela fosse por ali. E como é que tem tempo para namorar com tantos concertos? Fiquem descansados que, quando ela encontrar alguém, ela diz.” Fica o aviso.

B.I.

Nome: Ruth Marlene

Idade: 26 anos

Signo: Peixes, ascendente Peixes

Livro: 'A Bíblia'

Filme: 'Jovem Demais para Morrer'

Mania: Dormir de porta fechada

JESSICA

A MANA MAIS VELHA

O que acha da carreira da sua irmã?

Ela sempre esteve muito bem e é um sonho de criança já realizado. E ainda pode ir mais longe. O nosso país não dá valor aos artistas que tem.

Acha que alguma vez vai ter o sucesso da sua irmã?

Não, penso que não. Embora ande na música desde pequena, comecei mais tarde ?só há cinco anos ? a fazer espectáculos. Mas nunca quis estar na sombra da minha irmã. E às vezes até só um pouco prejudicada por isso. Mas estou contente com a minha carreira. Posso não ser assim tão conhecida, mas tenho espectáculos e isso é o suficiente para me sentir feliz. E estou a tirar o curso de Psicologia.

Quais são as principais diferenças entre os vossos estilos de música?

As letras da Ruth talvez sejam mais brincalhonas. As minhas são mais letras de amor. Foi o Emanuel que produziu e são mais na onda dele

Sofia Canelas de Castro / Correio da Manhã, 15/08/2003